Como se sabe, o Google não apenas realiza alegadas cem bilhões de pesquisas mensais de termos na Web (SULLIVAN, 2012), como as armazena todas, identificadas por hora e local de origem em seus gigantescos data centers ao redor do mundo. Essas informações são utilizadas pelos programas de publicidade geridos pelo Google, tais como DoubleClick, Google Analytics, Google AdWords e Google AdSense, de onde provêm mais de 90% da renda da empresa Google (GOOGLE Inc., 2013).
Já há alguns anos, a Google disponibiliza a ferramenta Google Correlate que mencionei rapidamente no post passado. Trata-se de (mais) um projeto experimental do extinto Google Labs.
Nele, introduz-se uma série de dados temporais ou regionais e se obtém uma lista das consultas no Google cujas frequências seguem padrões que melhor se correlacionam com os dados, segundo o coeficiente de determinação R^2 (MOHEBBI et al., 2011).
Tenho brincado com essa ferramenta há algumas semanas e obtido resultados no mínimo curiosos.
Hoje, por acaso, testei a sugestão 'losing weight' (perder peso) do próprio Google Correlate.
O termo de busca que melhor se correlacionou (com um R^2 de 0.9672) foi 'workouts' (exercícios ou sessões de treinos), o que é bem razoável.
O que me chamou a atenção, no entanto, foi o gráfico dessa correlação:
Gráfico da correlação entre losing weight e workouts no Google Correlate |
Parece que há, realmente, uma síndrome de 'resoluções de Ano Novo', especialmente a que inclui a fatídica 'perder peso'!
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